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Terminal de Cruzeiros, Ponta Delgada - 2007
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Das duas vezes que lá estive, ambas foram em trabalho. Da primeira mal
fiquei doze horas. Da segunda deu para ver qualquer coisa, uma vez que fiquei
uma noite.
Embora o contacto com a cidade tivesse sido pequeno (trabalho oblige), deu para perceber quanto as
pessoas são hospitaleiras, que, estando um sol fabuloso, os aguaceiros
acontecem, que o peixe é muito saboroso e a carne divinal.
Enfim todos os ingredientes para eu querer lá voltar um dia. Mas de férias.
Curiosamente, esta imagem que anexo tem, para mim, um sabor um pouco
diferente.
Aconteceu na minha segunda visita a Ponta Delgada. Terminado o trabalho,
faltavam umas boas horas para apanhar o avião de regresso a casa. A mim e ao
meu colega restava-nos deambular pela marginal.
Nesta nossa deriva chegámos até ao terminal de cruzeiros. A tarde estava
cinzenta e chuvosa, a conversa mole e a mente cansada pelo dia de trabalho. A
espectativa da espera e, depois, de viagem, reduziam ainda mais o alento.
Sentámo-nos numa das esplanadas que por ali havia, para comer qualquer
coisa e descansar.
As nuvens começaram a dissipar-se. O ambiente estava calmo e, do café, ouvia-se
musica clássica. Serviram-nos umas sandes acompanhada por cerveja.
Fosse do ambiente, fosse do cansaço ou fosse da ceveja a cair na fraqueza, o
que é facto é que, de repente, senti uma sensação de descontracção e de uma enorme
paz de espirito.
Peguei no telemóvel e tirei esta fotografia, enviando-a para casa, para fazer
inveja ao resto da familia.
A única reacção que recebi foi de que a imagem era curiosa.
No entanto, hoje, sempre que olho para esta fotografia, volta-me à memória,
com alguma nostalgia, a agradável sensação desse momento.
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