sábado, 22 de março de 2014

A Grécia antiga fica a norte

Museu Britânico - Londres - Grã-Bretanha - 2006
Os lugares e as coisas que pretendemos visitar nem sempre parecem estar onde julgamos que estejam. Chamo a isto de "Geografia Histórica". Em oposição, claro, à, chamemos-lhe, "Geografia Cartográfica".

Quando se planeiam umas férias, normalmente avaliam-se  vários factores. Por um lado os limitativos, como o tempo disponível, a distância, a acessibilidade ou o custo, por outro os "ganhos" ou seja, os pontos de interesse a visitar, a gastronomia ou o descanso.

Mas organizemos as ideias.

No que respeita à História sempre fui um amante da antiguidade. Sempre sonhei visitar lugares históricos e conhecidas estações arqueológicas.
A minha lista é enorme e, infelizmente, para além de ainda continuar grande, há uns quantos lugares que, julgo, já não terei hipótese de visitar.

Mas, quando há perto de 30 anos se me abriram as hipóteses de viajar, olhei para o mapa e sonhei com todos os destinos possíveis.
No entanto, à medida que fui enumerando as limitações a que estava sujeito se, de facto, queria ir à "descoberta do mundo" (a estadia, o meio de transporte, o orçamento disponível, etc.), o horizonte começou a encolher.
Mesmo assim, embora o Egipto ficasse rapidamente fora de questão, a Grécia, nomeadamente Atenas, aparecia como um destino possível.

Apesar do número de dias disponível para férias até ser razoável e estarmos predispostos a acampar, o único meio de transporte ao nosso alcance era o autocarro. E para Atenas eram quase três dias de viagem (com transbordo em França).
Eu, que nunca tinha andado mais de 100 Kms seguidos de autocarro sem enjoar, conseguiria ficar fechado e sentado três dias para cada lado? Nãã!

Adiou-se a antiguidade, reformularam-se as férias e virou-se a agulha para norte, para Paris e Londres. Ainda, e sempre, acampando e viajando de autocarro, claro.

E foi aqui comecei a compreender o que é a "Geografia Histórica". Primeiro no Louvre e alguns dias depois no Britânico. A Grécia estava lá. Estava lá quase tudo.
As estátuas icónicas (a Vénus de Milo, a Vitória de Samotrácia, etc), as Cariátides, os frisos do Parténon (em Atenas estão cópias), enfim tudo aquilo que vemos nos livros e não só.
Mas não se ficava só pela Grécia, Também lá estão as civilizações romana, egípcia, suméria, fenicia  e tantas, tantas outras.

De facto troquei os calores Gregos pela chuva e o sol dependurado dos nortes (embora Atenas tenha fama de ser muito poluída). Mas vi mais de cultura antiga mediterrânica do que julgaria ser possível. E rumando a norte.

(nota: infelizmente, e para grande pena minha, nunca fui à Grécia e muito menos a Atenas)


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