sábado, 2 de agosto de 2014

Bichos

Área de Serviço, algures em Portugal - 2007
Quem já fez alguma viagem, seja ela pequena ou grande, de certeza que já notou a presença de "bicharada" por tudo o que é sitio. Nomeadamente quando esta presença sai fora daquela a que estamos habituados.

Mesmo que numa primeira fase a sua presença não seja detectável (como normalmente acontece quando a viagem é feita de transporte publico), o que é facto é que eles estão algures por lá.
A sua presença tem tendência para ficar bem mais visível quando a mesma viagem é feita de carro. Nomeadamente na matricula e no pára-brisas, e especialmente quando essa viajem é feita de noite
É certo que, normalmente nestes casos, esta presença expressa-se sobre a forma de 'esborrachado'. No entanto dá para ver a fabulosa quantidade e variedade de insectos que vagueiam pelo ar, sobretudo no Verão.

Quando o nosso destino é um país do centro da Europa e a viagem é feita de carro, atravessamos Espanha de noite. Esta opção nocturna tem algumas vantagens. Como as nossas férias são essencialmente no verão (profissões oblige), a temperatura do ar, à noite, é mais amena. Para além disso há menos trânsito e até mesmo a travessia de grandes cidades, como Madrid, é feita de forma mais despreocupada.
Já nas desvantagens aparece a necessidade de ter de fazer mais paragens, quer para troca de condutor, quer para descansar um pouco, "esticar" as pernas e "espantar" o sono. Para além de, claro, retirar a bicharada do carro.
É nessas alturas que damos graças pelo facto de existirem, nas áreas de serviço espanholas, baldes de água com detergente e uma escova. São estas as 'ferramentas' que nos permitem a lavagem (raspagem?) dos vidros, capot e faróis, retirando as camadas de diferentes insectos que se suicidaram contra o carro, atraídos pela luz dos faróis.

Outro local onde os insectos adoram a nossa companhia é nos parques de campismo. Para além daqueles com que nos vamos cruzando no dia a dia, encontramos muitos novos e diferentes amiguinhos que andaram a coabitar connosco, no momento de levantar ferros e desmontar a tenda.

No entanto, de todos aqueles com que nos cruzamos, os que verdadeiramente nos incomodam, são aqueles que nos impedem ou condicionam o usufruto do lazer a que aspiramos, no decorrer das nossas férias.
Estão neste patamar, entre outros, as vespas que nos rodearam a mesa do pequeno almoço, em Hospitalet / Rocamadour (apesar de também me permitirem ser o herói da criançada por as afastar dos sumos de laranja) ou as enormes lesmas que pernoitaram nas sandálias da Joana, em Ribadeo.

Curiosamente a sua inexistência também nos pode causar algum constrangimento (obviamente menor do que a sua presença).
Alertaram-me para o "horror" dos mosquitos na Finlândia, razão que nos levou a estudar, durante alguns dias, todos os tipos de repelentes (electrónicos, comprimidos, sprays, etc), e nos fez comprar e transportar cremes repelentes para melgas. Curiosamente (e felizmente) não vislumbramos qualquer exemplar. Segundo me disseram mais tarde já teria passado a sua época. No entanto, e apesar de nos ter aumentado o conhecimento sobre a matéria, fizeram-nos ficar preocupados.

Mas, de todas as vezes com que nos cruzamos com insectos, no top está a experiência vivida na Dinamarca.
O tempo que apanhámos foi ameno, embora por vezes cinzento e até chuvoso. Só que, sempre que o sol brilhava após uma chuvada, a temperatura subia e, como consequência, nas zonas mais rurais surgiam nuvens de insectos voadores. Principalmente "joaninhas". De tal forma que o carro chegou quase a mudar de cor (autêntico) e andar na rua tornava-se penoso.

Felizmente, todos estes factos não passaram de pequenos episódios ou contratempos, qual nota de rodapé, na história das nossa férias, não ofuscando os óptimos momentos que as férias nos têm proporcionado.

(Nota: este texto está livre de bugs, pelo menos a acreditar no corrector ortográfico)

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