sábado, 9 de julho de 2022

O Pequeno Almoço

(foto Paula P.)
Se há alguma coisa que aprendi nestes anos de saídas, é de que é importante comer uma boa refeição da parte de manhã. Chamemos-lhe Pequeno Almoço.

Ou porque sabe bem ficar deitado até mais tarde, ou porque o alojamento (em hotel) fica mais caro, o que é facto é que das primeiras vezes não dava importância a esta refeição. Até porque, por hábito, como muito pouco ao pequeno almoço.

Julgo que esta mudança de pensamento começou a ocorrer quando “tivemos” que ficar em regime de B&B na Escócia (chovia bastante) e, como o nome indica, o pequeno almoço estava incluído. O problema é que era escocês e servido às 7 horas da manhã.
Na minha lógica de “pobrezinho” (paguei, tenho que levar) enchi-me de coragem e, àquela hora da “madrugada” toca de consumir tudo o que me meteram à frente.
Foi o bacon com ovos e feijões, foram as torradas com manteiga e com doce, para não falar nos flocos com leite, tudo empurrado com café e sumo de laranja.
A verdade é que não senti necessidade de me alimentar até á hora do almoço, e esse foi ligeiro.

Se no campismo esta opção poderá ser mais complicada (embora haja quase sempre um café ou bar que serve pequenos almoços), numa “casa” (motel, hotel, estalagem…) passou a ser uma opção a ter em consideração, e, em muitos casos, determinante. Sobretudo se buffet.

Infelizmente, na maioria dos casos, o pequeno almoço no hotel obriga-nos a sacrificar também algum do tempo de sono. No entanto é recompensado com o tempo a mais para passear, para além de que vamos mais bem-dispostos.

Já me apareceu de tudo. Desde uns croissants pequeninos, mas deliciosos, até sandes de baguete de palmo e meio. Buffets com fruta deliciosamente madura e variada, até gulache quente e gorduroso.
Mas o que é facto é que o dia começa diferente, mais vigoroso. E a fome só aparece (quando aparece) bem mais tarde.

Findas as férias, regresso ao meu leite simples e, quanto muito, com pão e manteiga. Também sabe bem voltar aos velhos hábitos

1 comentário:

Anónimo disse...

Gostei muito de saborear a tua prosa novamente, Mário, após interrupção tão prolongada.
É uma forma de viajar, de relembrar experiências semelhantes, de sonhar novas partidas.
Fico a aguardar mais.

Take care!
Abraço.